Motor longitudinal com tração traseira transmitida por cardã.
No princípio somente o câmbio de 4 marchas era disponível, mas a chegada do motor 1.6 fez surgir a necessidade por uma quinta marcha, que o motor "pedia".
Em 83 o câmbio de 5 marchas passou a ser de série. Os engates eram precisos e macios, mas a distância entre as posições da alavanca prejudicavam as trocas rápidas. As relações eram adequadas, somente a 3ª era um pouco longa, fazendo com que o motor demorasse para "encher".
O câmbio do Junior tinha relações mais curtas das três primeiras marchas e do diferencial, para compensar o menor torque do motor. Isso era claramente demonstrado pelo ruído característico do motor, que denunciava a sua operação sempre em rotações altas.
Entre 85 e 90 houve a opção do câmbio automático, com pequena aceitação pelo mercado.
A tração era traseira. Se por um lado o motor longitudinal e o cardã roubavam espaço, por outro a tração traseira proporcionava maior estabilidade e controle nas curvas, e a própria presença do túnel do cardã (que na estrada costumava aquecer) dava um toque de esportividade: ponto para o prazer em dirigir em detrimento da racionalidade.
A tração traseira era ainda uma vantagem para a Chevy 500, pois permite maior eficiência quando carregada, sobretudo em terrenos difíceis. Tanto que a tração traseira é uma unanimidade entre as caminhonetes de maior porte.
SUSPENSÃO
Dianteira - Independente com braço triangular superior, braço simples inferior, barra estabilizadora a partir de 1983, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos.
Traseira - Eixo rígido, braços tensores longitudinais, barra transversal Panhard, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos.
A suspensão era bem calibrada e não sofreu grandes modificações ao longo do tempo.
O carro era estável, difícil de desgarrar, mas o eixo rígido traseiro sacolejava em curvas com piso irregular, transmitindo falsa sensação de insegurança.
DIREÇÃO
A direção era precisa. Era capaz de esterçar mais do que a de qualquer outro carro, o que favorecia as manobras em espaços restritos.
Ficha técnica | ||||||||
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MOTOR
O Chevette foi lançado no ano de 1973, com motor 1.4 a gasolina, que foi o primeiro montado no Brasil a ter comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada. No ano de 1980, ele recebeu uma versão a álcool, com ignição eletrônica de série (opcional no modelo a gasolina a partir de 1982).
Ficha técnica do motor 1.4 a gasolina (bloco azul) | |
Características básicas: | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro tempos, refrigerado a água, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada. |
Diâmetro e curso dos cilindros: | 82 x 66,2 mm |
Cilindrada: | 1398 cm³ |
Ordem de ignição | 1-3-4-2 |
Taxa de Compressão: | 7,8:1 |
Potência máxima: | 65 cv SAE* a 5800 rpm |
Torque máximo: | 10,3 mkgf SAE a 3000 rpm |
Alimentação: | Carburador simples de fluxo descendente. |
Ficha técnica do motor 1.4 a álcool | |
Características básicas: | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro tempos, refrigerado a água, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada. |
Diâmetro e curso dos cilindros: | 82 x 66,2 mm |
Cilindrada: | 1398 cm³ |
Ordem de ignição | 1-3-4-2 |
Taxa de Compressão: | 10,5:1 |
Potência máxima: | 69 cv SAE* a 5800 rpm |
Torque máximo: | 10,4 mkgf SAE a 3000 rpm |
Alimentação: | Carburador de corpo duplo. |
Em 1980, foi lançado o motor 1.6 a gasolina como opcional para as versões Hatch e Marajó. Em 1981, foi lançado o Chevette Hatch S/R, uma versão esportiva já com motor 1.6, cuja versão foi descontinuada em 1982. A partir de 1982, somente o Chevette SL Faixa Preta, nas versões Sedan, Hatch e Marajó, já vinha de fábrica com motor 1.6. A versão Standard e L do Chevette, ainda eram produzidas com motor 1.4. Em 1983, o motor 1.6 recebeu a opção do álcool e, estendeu-se para toda a linha Chevette, já com câmbio de 5 marchas (o 1.4 nesse ano deixou de estar disponível no mercado brasileiro, sendo produzido apenas para unidades destinadas à exportação). Este motor usou carburador de corpo duplo até 1983, a partir de 1984 passou a usar carburador simples, que persistiu até 1987, quando o motor passou por uma reformulação.
Ficha técnica do motor 1.6 a gasolina (bloco vermelho) | |
Características básicas: | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro tempos, refrigerado a água, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada. |
Diâmetro e curso dos cilindros: | 82 x 75,7 mm |
Cilindrada: | 1599 cm³ |
Ordem de ignição | 1-3-4-2 |
Taxa de Compressão: | 7,8:1 |
Potência máxima: | 76 cv SAE* a 5800 rpm |
Torque máximo: | 10,8 mkgf SAE a 3600 rpm |
Alimentação: | Carburador duplo entre 80 e 83 e carburador simples de fluxo descendente de 84 a 87. |
Ficha técnica do motor 1.6 a álcool | |
Características básicas: | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro tempos, refrigerado a água, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada. Sistema de Ignição Eletrônica |
Diâmetro e curso dos cilindros: | 82,0 x 75,7 mm |
Cilindrada: | 1599 cm³ |
Ordem de ignição | 1-3-4-2 |
Taxa de Compressão: | 12,0:1 |
Potência máxima: | 72,0 cv a 5600 rpm. |
Torque máximo: | (12,3 mkgf) a 3200 rpm |
Alimentação: | Carburador de corpo simples e corpo duplo (opcional). |
Em 1987, o motor 1.6 passou por uma reformulação que incluiu a redução do peso dos pistões em 92g e das bielas em 83g; um novo carburador de corpo duplo com o segundo estágio acionado somente em altas rotações (diferentemente daqueles de 1980 à 1983); e, um novo desenho para o coletor de admissão, o que reduziu a perda de carga dos gases de alimentação. Então, ele passou a ser denominado 1.6/S (já pertencente à linha Chevette 1988).
Ficha técnica do motor 1.6/S a álcool (bloco cinza) | |
Características básicas: | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro tempos, refrigerado a água, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada. |
Diâmetro e curso dos cilindros: | 82 x 75,7 mm |
Cilindrada: | 1599 cm³ |
Ordem de ignição: | 1-3-4-2 |
Taxa de Compressão: | 12:1 |
Potência máxima: | 82 cv ABNT a 5200 rpm |
Torque máximo: | 12,8 mkgf ABNT a 3200 rpm |
Alimentação: | Carburador de corpo duplo com o segundo estágio acionado somente em altas rotações. |
Ficha técnica do motor 1.6/S a gasolina (bloco cinza) | |
Características básicas: | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro tempos, refrigerado a água, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada. |
Diâmetro e curso dos cilindros: | 82 x 75,7 mm |
Cilindrada: | 1599 cm³ |
Ordem de ignição | 1-3-4-2 |
Taxa de Compressão: | 8,5:1 |
Potência máxima: | 73 cv ABNT a 5200 rpm |
Torque máximo: | 12,6 mkgf ABNT a 3200 rpm |
Alimentação: | Carburador de corpo duplo com o segundo estágio acionado somente em altas rotações. |
Em 1992, a GMB lançou o Chevette Junior, impressionada com o inesperado sucesso do Uno Mille. Para aproveitar os incentivos fiscais oferecidos na época para veículos com cilindrada menor que 1000 cm3, o conhecido motor passou a contar com uma versão de diâmetro e curso dos cilindros menores, resultando na redução da capacidade cúbica. Por razões de mercado, a nova versão foi descontinuada cerca de um ano depois, em 1993, ano no qual, a GMB passou a produzir somente o Chevette L, com motor 1.6/S nas versões: gasolina e álcool.
Ficha técnica do motor 1.0 a gasolina | |
Características básicas: | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro tempos, refrigerado a água, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada. |
Diâmetro e curso dos cilindros: | 76x55 mm |
Cilindrada: | 998 cm³ |
Ordem de ignição | 1-3-4-2 |
Taxa de Compressão: | 8,5:1 |
Potência máxima: | 50 cv ABNT a 6000 rpm |
Torque máximo: | 7,2 mkgf ABNT a 3500 rpm |
Alimentação: | Carburador de corpo simples. |
Observação: A potência dos motores mais antigos, está especificada de acordo com medições que seguiram as normas da SAE (que consideram a potência bruta), enquanto a dos mais novos está especificada de acordo com as normas da ABNT (que consideram a potência líquida). Em média, o valor numérico da potência segundo as normas da ABNT fica entre 25 e 30% menor que o valor da medição SAE.